Cristal Bacharach (2004)

Laura N., mãe de cinco filhos homens, cada um nascido de um casamento diferente, vai se casar pela sexta vez. Capaz de dizer coisas como ”Estou de luto fechado. Tom Ford deixou a Maison Gucci. É a coisa mais terrível desde os atentados de 11 de Setembro”, Laura passou os anos 60 e os 70 […]

Laura N., mãe de cinco filhos homens, cada um nascido de um casamento diferente, vai se casar pela sexta vez. Capaz de dizer coisas como ”Estou de luto fechado. Tom Ford deixou a Maison Gucci. É a coisa mais terrível desde os atentados de 11 de Setembro”, Laura passou os anos 60 e os 70 embalada pelas melodias do compositor Burt Bacharach.

Este foi o mote para a homenagem que Charles Möeller e Claudio Botelho fizeram ao compositor americano Burt Bacharach na comédia musical “Cristal Bacharach”. O espetáculo reuniu dezenas de hits dele, como “I Say a Little Prayer”, “Close to You”, “Alfie”, “The Look of Love”, “I’ll Never Fall In Love Again”, “Don´t Make Me Over”, “Make It Easy on Yourself”, “There’s Always Something There To Remind Me”, entre outros, muitos dos quais lançados em filmes de Hollywood, como “Butch Cassidy”, “Arthur, o milionário sedutor” e “O que é que há, gatinha”.

Trabalhando com a obra de Burt Bacharach percebe-se o quanto ele é falsamente simples. Não se trata de alguém que junta três ou quatro notinhas. Suas músicas têm arranjos sofisticados, o que não impediu que se popularizassem”, disse Claudio Botelho em uma entrevista. “A música de Bacharach, apesar de emblemática dos anos 60 e 70, ainda é bastante presente, pela sua capacidade de traduzir emoções. Até porque ele se diverte ao mexer com um imaginário cafona”, complementou o diretor.

O enredo acompanha a véspera e o dia do casamento de Laura. O cenário e o figurino remetem à estética das décadas de 60 e 70, com referências à psicodelia, a cores fortes e aos vinis.

Os figurinos assinados por Charles Möeller chamaram a atenção por usarem crepe colorido, seda e até um vestido de noiva à la Paco Rabanne com placas de metal.

Totia Meireles foi a protagonista do musical que ficou sete meses em cartaz sem uma única cadeira vazia no Teatro Glória. O espetáculo seguiu depois em outros teatros.

Ficha Técnica

Texto
Charles Möeller

Direção
Charles Möeller

Direção Musical
Claudio Botelho

Arranjos
Liliane Secco

Coreografia
Renato Vieira

Cenário
Charles Möeller

Figurino
Charles Möeller

Design de Luz
Aniela Jordan

Design de Som
Branco

Produção
Axion Produtores Associados

Elenco
Totia Meireles
Carlos Arruza / André Falcão
Cristiano Gualda
George Vassilatos
Milton Walley / Ricca Barros
Renato Rabelo
Tobias Volkmann
Danni Carlos / Alessandra Verney / Sabrina Korgut
Ester Elias
Ivana Domenico
Marya Bravo
Solange Badim
Stella Maria Rodrigues

Músicos
João Bittencourt / Ana Azevedo (piano)
Alexandre Brasil / João Mario / Pedro Christiano (contrabaixo)
Marcio Romano / Fabio Peres Muniz (bateria)
Nelson Oliveira / Altair Martins / Maico Lopes (trompete)
Sergio de Jesus / Fabiano Segalote (trombone)
Levi Chaves / Daniel Máximo (clarinete, sax e flauta)

Temporadas
• Teatro Glória / RJ – de 7 de julho de 2004 a 30 de janeiro de 2005
• Teatro Garden Hall / RJ – de 20 de maio a 10 de julho de 2005
• Teatro Goiânia / GO – dias 16 e 17 de julho de 2005
• Teatro Nacional – Sala Villa-Lobos / BSB – dias 20 e 21 de julho de 2005

Galeria

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