Conheca a historia de Paulo Fattori Plana, fa de Rocky Horror Show, e que assistiu a montagem de Moeller e Botelho
Desde que estreou no Teatro Porto Seguro, em 11 de novembro, a versão de Möeller & Botelho para Rocky Horror Show tem atraído diversos fãs do cultuado musical de Richard O’Brien. Já no primeiro domingo três jovens foram fantasiados como os personagens Rif Raff, Columbia e Magenta. No sábado seguinte, mais três espectadores à caráter – como Rocky, Columbia e Magenta. E no último domingo, 20, mais dois e com fantasia especial, a de transilvanianos (the transylvanians), que são os convidados de Frank N Furter para a Convenção Anual do planeta Transilvânia (personagens do filme).
Paulo Fattori Plana, funcionário da Unesp, e sua cunhada, Paula Renata Borges (foto ao lado), são fascinados pelo filme “Rocky Horror Picture Show”, a versão para o cinema do musical de 1973. Quando souberam que seria feita uma nova montagem brasileira, não titubearam em correr atrás de apetrechos para irem à caráter ao teatro. E não só foram vestidos, como Paulo subiu ao palco no final e ainda fez fotos com o elenco. “Cheguei em casa simplesmente em êxtase. Foi a realização de mais de 30 anos“, diz.
A paixão de Paulo por Rocky Horror Show começou quando ele tinha 18 anos e trabalhava em uma loja de posters na Rua Augusta, em São Paulo. Um amigo o chamou para ver a sessão da meia noite do filme, no Cinema Center 3. Só que ele teve que entrar pelo fundo, e quando chegou à sala de exibição já estava passando na tela o número ‘There’s a Light’. “Já entrei no clima do filme, pela porta dos fundos, no escuro e ouvindo aquela canção”, lembra. Saiu de lá mexido e acabou virando colecionador. Comprava cartazes, fotos publicitárias, VHS, até chegar aos DVDs e mais recentes Blu-Rays. Ouviu todas as versões do musical, embora não tenha visto nenhuma em teatro, a não ser a de Möeller & Botelho.
“Sou gay. Na época do filme foi um encontro com o que eu era: Não sonhe, seja! É quase uma doutrina! Me desconecto quando ouço e canto“, revela Paulo, acrescentando que é meio controlador como Frank: “Até passei a gostar de louros“, ri.
Paulo adorou a versão de MB e achou Marcelo Medici ótimo e sexy no papel de Frank. “Adorei as piadas! No filme, eu não gosto da cena da cama, por exemplo. Pulo sempre. Na peça ficou ótima, muito mais engraçada. Deu pra ousar mais. Recomendo muito o espetáculo“.
Os transilvanianos (the transylvanians) do filme Rocky Horror Picture Show
E por que a fantasia de transilvaniano?
“Jamais iria de Frank N Furter! Seria uma afronta ao Marcelo Medici! É coisa de fã mesmo. Não tô lá pra concorrer, tô lá pra bater palma. É um pouco de respeito por quem está no palco. O transilvaniano é o personagem que mais se aproxima de mim. Eu sou um convidado que tem apreço à doutrina do Frank, curto o que ele fala, mas sou um terráqueo. Tenho que viver como terráqueo e agradecer por participar da convenção anual da Transilvânia“, explica.
No dia 10 de dezembro Paulo promete comparecer a mais uma reunião do planeta Transilvânia! Ele e outros amigos voltarão ao Teatro Porto Seguro para mais uma convenção, quer dizer, mais uma sessão de Rocky Horror Show! E, claro, todos fantasiados!
Matéria por Leo Ladeira.
Fotos: Paulo Fattori Plana, Paula Renata Borges, Divulgação Rocky Horror Picture Show.