Entrevista de humorista a Roberto D’Ávila vai ao ar na madrugada deste sábado para domingo, às 0h05, na GloboNews.
Um profissional multimídia e de muito sucesso, que nos últimos 55 anos construiu uma carreira de sucesso na televisão, participou de mais de 50 filmes no cinema, fez mais de cinco mil shows, liderou o quarteto ‘Os Trapalhões’, escreveu livros, lançou discos e acaba de estrear no teatro com “Os Saltimbancos Trapalhões”. A lista é grande e cheia de projetos bem sucedidos. Esse é o currículo resumido do humorista Renato Aragão, o entrevistado da semana de Roberto D`Ávila, em seu programa na GloboNews.
Viciado em trabalho, o humorista conta que está sempre buscando novidades e se preocupa em não repetir o que já fez. E garante que sofreu preconceito, não sabe se pela origem nordestina ou pelo tipo de humor que faz. “Foi difícil romper o preconceito dos críticos pseudo-intelectuais, que malhavam mesmo sem me assistir. Mas nunca me preocupei com eles, pois apesar das críticas as bilheterias só cresciam”, faz graça. Renato Aragão deve a Carlos Drummond de Andrade a mudança na maneira como os críticos viam os Trapalhões. Tudo mudou no dia em que o poeta não atendeu à ligação de um repórter e disse que, naquele momento, não podia dar entrevista pois estava assistindo a ‘Os Trapalhões’. A partir dali, muitos espectadores passaram a assumir que viam o quarteto na TV. “Antes disso, diziam que viram um trecho enquanto passavam pelo quarto da empregada. Depois, passaram a nos assistir na TV da sala”, brinca. Renato, entretanto, garante que seu objetivo sempre foi falar com as crianças.
A Roberto D’Ávila, Renato conta também a história da sua vida desde o nascimento em Sobral, no Ceará, em uma família de classe média, passando pela faculdade de Direito que cursou até o quarto ano e pelo trabalho no Banco do Nordeste, de onde só saiu ao receber uma oferta mirabolante de uma emissora de TV. Conta que teve que superar a timidez para trabalhar na televisão; que Oscarito foi sua grande inspiração – “assisti ao mesmo filme dele 18 vezes”, revela; fala sobre a escolha do nome artístico Didi e do inusitado sobrenome ‘Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbo’ pelo qual é bastante conhecido até hoje. E credita o sucesso estrondoso do início da carreira ao formato inovador que adotou na TV. “Naquela época, os comediantes vinham do rádio, apenas com a voz. Eu cheguei usando o corpo para fazer humor”, pondera. E também ao fato de sempre ter escrito seus próprios textos.
A vinda para o Rio de Janeiro no início dos anos 60; o encontro e a parceria com Dedé Santana, que veio do circo; o recolhimento de seis anos após a morte de Mussum, em 1994, e a ida dos Trapalhões para Portugal na mesma época, fazendo grande sucesso na SIC, também estão presentes na entrevista que deu a Roberto D’Ávila e que vai ao ar neste sábado, dia 18, ás 0h05, na GloboNews.