Leia abaixo a entrevista de Claudio Botelho ao jornal O Estado de São Paulo publicada em 22/02, na qual o diretor fala sobre ‘O Mágico de Oz’ e sobre os próximos planos da dupla Möeller & Botelho.
Claudio Botelho recorre à memórias da infância para a montagem de seu 30º espetáculo
Como foi o processo de adaptação?
Espetáculos que faço com muito prazer, como esse, que passei a vida inteira cantarolando, são mais fáceis. Levei dois meses para concluir. Parece que pelo fato de ser muito íntimo, a versão já existe no subconsciente. Algumas coisas foram complicadas, como um número que tem na peça e não tem no filme, o ‘The Jitterbug’, uma dança de época. Optamos por transformar num bicho, o Besourão, que pica as pessoas e as faz dançar.
Onde buscaram registros para produzir esta cena?
Estamos montando a obra recuperada pela Royal Shakespeare Company, que é uma versão completa de tudo que foi escrito para o filme, mas acabou descartado. Os registros foram recuperados e criaram o número. Outra coisa que tem é uma reprise de ‘Over the Rainbow’, no segundo ato, que a Judy Garland gravou só no piano e não há no filme, mas temos aqui.
Por que não fizeram a Bruxa Má do Oeste cantar?
Preferimos manter como no original, mas fizemos o Mágico cantar. Peguei uma canção, que era da bruxa boa, e escrevi uma nova letra. Queria que o Miele cantasse.
Com o boom de musicais, como tem sido a disputa por teatro e público?
Estamos aprendendo com a vida real. É matar um leão por dia. Quem mandou inventar? Quando começamos, não era um mercado lucrativo.
Quais musicais estão por vir?
‘Como vencer na vida sem fazer força’, ‘Dancin’ Days’ e ‘Kiss Me Kate’. Para 2014, ‘Cidade de Deus’.
Tem planos para adaptar ‘Wicked’?
É um espetáculo muito caro para fazer no Brasil. Precisaria de 10 sessões por semana a R$ 500. Ainda é inviável.