Kiss me, Kate – O Beijo da Megera (2015)

CHARLES MÖELLER & CLAUDIO BOTELHO RETOMAM A OBRA DE COLE PORTER E A PARCERIA COM JOSÉ MAYER EM ‘KISS ME, KATE – O BEIJO DA MEGERA’

A estreia de ‘Kiss me, Kate’ é um marco na trajetória de Charles Möeller & Claudio Botelho. Há exatos 15 anos, eles despontaram para o sucesso com ‘Cole Porter – Ele Nunca Disse que me Amava’ e abriram caminho para todo o renascimento que o teatro musical teve no Brasil desde então. Na época, a montagem de ‘Kiss me, Kate’ – o mais celebrado musical de Porter, vencedor do Prêmio Tony, em 1949 – era um sonho distante, devido a todas as exigências técnicas e artísticas do espetáculo.

Depois de 35 espetáculos e toda uma nova geração de profissionais formada neste intervalo, a dupla finalmente vai mostrar a sua versão para o musical, com pré-estreias a partir de 24 de outubro no Teatro Bradesco com produção da Möeller & Botelho. Em seu retorno aos palcos, José Mayer terá o desafio de viver o protagonista Fred Graham.

‘Não poderíamos fazer sem ele. Este é um projeto muito antigo e só retomamos porque encontramos um ator com todas as características que este complexo protagonista pede. O Zé é um profissional completo’, avalia Charles Möeller, cujo primeiro trabalho com o ator foi no sucesso ‘Um Violinista no Telhado’ (2011), musical que teve todas as sessões com lotação esgotada e deu a Mayer indicações aos principais prêmios do país.

Desta vez, ele retorna em um tipo bem diferente daquele judeu que enfrentava dramas em sua aldeia natal. Fred Graham é o vaidoso e galanteador dono de uma companhia de teatro que segue em turnê com uma montagem de ‘A Megera Domada’, de William Shakespeare.

É o ponto de partida para um divertido passeio pelos bastidores da companhia e pela comédia de erros que se desenvolve dentro e fora de cena. A trama da ficção reflete também a personalidade do quarteto formado por Fred (José Mayer), sua ex-esposa, a diva Lilli Vanessi (Alessandra Verney), a novata Louis Lane (Fabi Bang) e Bill (Guilherme Logullo), que contrai uma dívida de jogo em nome do patrão.

No palco da ficção, Mayer e Verney vivem um dos mais celebrados casais do teatro shakespeareano, Petruchio e Catarina. ‘O metateatro sempre me interessou muito. Temos uma peça dentro da peça e ainda os diálogos de Shakespeare. É uma adaptação muito inteligente’, ressalta Möeller.

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 Primeiro musical de Cole Porter montado na íntegra do Brasil, ‘Kiss me Kate – O Beijo da Megera’ reúne pérolas de seu brilhante cancioneiro, como ‘So In Love’, ‘From This Moment On’ e ‘Another Op’nin’, Another Show’, todas vertidas para o português por Claudio Botelho, que recentemente estrelou o show ‘Cole Porter e Meus Musicais de Estimação’. Formada por 13 músicos, a orquestra terá a regência do maestro Marcelo Castro, parceiro da dupla em ‘A Noviça Rebelde’, ‘Gypsy’, ‘Um Violinista no Telhado’ e ‘O Mágico de Oz’.

 ‘Assim como fizemos com todos os outros clássicos que já ‘enfrentamos’, vamos trazer o ‘Kiss me, Kate’ para perto do público. Faremos uma grande homenagem ao Teatro Musical e aos profissionais que doam as suas vidas para colocar um espetáculo em cena’, conta Möeller, que dará um sabor de época à encenação através dos cenários e figurinos produzidos artesanalmente.

Assinada por Rogério Falcão, a cenografia fará uso dos antigos painéis teatrais de tecido, pintados à mão, e também terá dezenas de adereços manufaturados. Os figurinos, a cargo de Carol Lobato, vão seguir o mesmo conceito para situar o espectador na época e no local (Baltimore, 1948) em que a ação se desenrola. Outros antigos colaboradores de Möeller & Botelho completam a ficha técnica, como o iluminador Paulo Cesar Medeiros, o coreógrafo Alonso Barros e a coordenadora de produção Tina Salles.

Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’ é o quarto musical produzido integralmente pela M&B, produtora que Möeller & Botelho criaram em 2013 para montar seus próprios espetáculos. O pontapé inicial foi com ‘Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos’, sucesso em quatro temporadas pelo Brasil e com previsão de uma turnê portuguesa em 2016, ‘Os Saltimbancos Trapalhões’, responsável pela estreia de Renato Aragão em um musical aos 80 anos, e o sucesso ‘Nine – Um Musical Felliniano’, que teve bem-sucedida temporada de estreia em São Paulo e está em cartaz no Rio de Janeiro.

Cole Porter, o anjo seguidor de Möeller & Botelho

O sonho de trazer ‘Kiss me, Kate’ para o Brasil começou em 1999, quando Charles e Claudio assistiram à remontagem americana do clássico na Broadway. Na época, a dupla se dedicou a uma criteriosa pesquisa sobre a vida e a obra de Cole Porter e Claudio começou a escrever algumas versões de suas letras. O trabalho resultou em ‘Cole Porter – Ele Nunca Disse que me Amava’, musical que contava a vida do compositor sob o ponto de vista das mulheres importantes em sua trajetória. Tudo feito com pouquíssimos recursos financeiros e a previsão de uma curta temporada.

A montagem foi um êxito instantâneo, ficou quatro anos em cartaz – incluindo uma temporada de três meses em Lisboa – sempre com sessões extras e matinês. Depois dela, a dupla nunca mais parou de produzir, em um histórico que se confunde com o renascimento do Teatro Musical no Brasil.

Cole Porter é nosso anjo seguidor. Brinco que ele é o princípio, o meio e o fim da dupla’, comenta Botelho, que finalmente conseguiu adquirir os direitos de ‘Kiss me, Kate’ para o Brasil em 2010. Empenhados em levar o sonho adiante, os diretores renovavam a licença anualmente.

Uma das atrizes lançadas em ‘Cole Porter – Ele Nunca Disse que me Amava’, Alessandra Verney retorna ao repertório do compositor e também à parceria com José Mayer, com quem dividiu o palco em ‘Um Violinista no Telhado’.

Um clássico sessentão em ótima forma

 Kiss me, Kate’ é o maior sucesso de toda a carreira de Cole Porter. A primeira montagem estreou em dezembro de 1948 e alcançou a marca de inacreditáveis 1077 apresentações, além de receber cinco prêmios Tony nas categorias Musical, Compositor, Autor, Figurino e Produção. A versão inglesa estreou em 1951 e chegou a mais de 400 sessões. Em 1953, o musical deu origem a um filme homônimo, com Howard Keel (Fred Graham / Petruchio) e Kathryn Grayson (Lilli Vanessi / Catarina) e direção de George Sidney. O cinquentenário da obra (1999) foi comemorado em grande estilo, com um aclamado revival na Broadway, indicado a 12 prêmios Tony e premiado, assim como o original, com cinco troféus: Melhor Revival, Ator, Direção, Orquestração e Figurino. A montagem recebeu ainda 10 indicações e seis prêmios Drama Desk.


KISS ME, KATE O BEIJO DA MEGERA 
 
 Texto: 
SAM e BELLA SPEWACK 
 
 Música e Letras: 
 COLE PORTER 
 
 Um espetáculo: 
CHARLES MÖELLER & CLAUDIO BOTELHO
 
 
Elenco: 
 
 
José Mayer
Fred Graham/ Petruchio
 
 
Alessandra Verney
Lili Vanessi/ Catarina
 
 
Fabi Bang
Luisa/ Bianca
 
 
Guilherme Logullo
Bill/ Lucentio
 
 
Chico Caruso
Gangster 1
 
 
Will Anderson
Gangster 2
 
 
Jitman Vibranovski
Batista
 
 
Ruben Gabira
Paul
 
 
Ivanna Domenyco
Hattie
 
 
Igor Pontes
Grêmio
 
 
Leonardo Wagner
Hortêncio
 
 
Marcel Octavio
Ralph
 
 
Beto Vandesteen
Pops
 
 
Léo Wainer
General Harisson Howell 
 
 
 
Augusto Arcanjo
Ator da Companhia de Teatro de Fred Graham
 
 
               Giselle Prates                
Atriz da Companhia de Teatro de Fred Graham
 
 
João Paulo de Almeida
Ator da Companhia de Teatro de Fred Graham
 
 
                     Lana Rhodes                      
Atriz da Companhia de Teatro de Fred Graham
 
 
Mariana Gallindo
Atriz da Companhia de Teatro de Fred Graham
 
 
Patricia Athayde
Atriz da Companhia de Teatro de Fred Graham
 
 
Thiago Garça
Ator da Companhia de Teatro de Fred Graham
 
 
Tomas Quaresma
Ator da Companhia de Teatro de Fred Graham

FICHA TÉCNICA
COLE PORTER Música e letras
SAM E BELLA SPEWACK Texto
ROBERT RUSSELL BENNETT Orquestração Original
MARCELO CASTRO Direção Musical / Regência
ROGÉRIO FALCAO Cenário
CAROL LOBATO Figurinos
ALONSO BARROS Coreografia
MARCELO CLARET Design de Som
PAULO CESAR MEDEIROS Iluminação
CLAUDIA COSTA / CLAUDIO BOTELHO Tradução dos diálogos
BETO CARRAMANHOS Visagismo
MARCELA ALTBERG Produção de Elenco
CRIS FRAGA Diretora Residente
BEATRIZ BRAGA Direção de Produção
CARLA REIS Gerência de Produção
EDSON LOPES Produção Executiva
TINA SALLES Coordenação Artística
CHARLES MÖELLER Direção
CLAUDIO BOTELHO Versão Brasileira / Supervisão Musical
Realização MÖELLER & BOTELHO

ORQUESTRA
MARCELO CASTRO (Regência)
KELLY DAVIS (Violino 1)
LUIZ HENRIQUE LIMA (Violino 2)
SAULO VIGNOLI (Cello)
ZAIDA VALENTIM (Teclado 1)
GUSTAVO SALGADO (Teclado 2)
RAPHAEL NOCCHI (Piccolo, Clarineta, flauta e sax alto)
GILSON BALBINO (Clarineta e sax alto)
WHATSON CARDOZO (Clarone, clarineta e sax barítono)
MATHEUS MORAES (Trompete e Flügel)
VÍTOR TOSTA (Trombone)
OMAR CAVALHEIRO (Contrabaixo)
MARCIO ROMANO (Bateria e percussão)

ESTREIA: 30 de outubro de 2015 – Teatro Bradesco Rio (RJ).