Década de 90
Ainda não efetivados como dupla (o que aconteceu em 1997, com “As Malvadas”), Charles Möeller & Claudio Botelho trabalharam juntos em produções como “Hello Gershwin” (1991), “De Rosto Colado” (1993), “Os Fantástikos” (1996), e “Na Bagunça do Teu Coração” (1996) (ver as biografias individuais de Charles Möeller e Claudio Botelho).
A parceria artística foi efetivada em 1997, quando os diretores passaram a se tornar referência no teatro musical do Brasil.
O primeiro musical da dupla foi “As Malvadas”, um tributo ao repertório das comédias musicais no espírito de filmes B, com texto de Charles, e versões, seleção e roteiro musical de Claudio, que ia de George Gershwin a Roberto Carlos. O espetáculo recebeu o Prêmio Sharp de melhor Musical de 1997.
No ano seguinte, Charles assinou a direção e a cenografia de “O Abre Alas” (texto de Edinha Diniz e direção musical de Claudio). O musical, estrelado por Rosamaria Murtinho, contava a história da maestrina Chiquinha Gonzaga.
2000
Em 2000, Charles e Claudio lançaram “Cole Porter – Ele Nunca Disse que Me Amava”, que rendeu o Prêmio Governador do Estado a Claudio pela direção musical e se tornou um marco na carreira da dupla. O espetáculo, que apresentava a história do compositor americano Cole Porter pela ótica de seis mulheres, teve dez meses de lotação esgotada no Café Teatro de Arena, e ficou mais dois anos em cartaz entre Rio, São Paulo e Portugal.
2001
Em 2001, Claudio e Charles assinaram a montagem de “Company”, de Stephen Sondheim e George Furth, sendo esta a primeira encenação de uma obra de Sondheim na língua portuguesa. O espetáculo se tornou sucesso de crítica e público e foi assistido pelos próprios Sondheim e Furth, que estiveram no Brasil especialmente para conferir a montagem brasileira.
2002
Em 2002, a dupla criou um espetáculo sob medida para o Teatro Café Pequeno (RJ): “Um Dia de Sol em Shangrilá”, comédia musical com Lucinha Lins, Claudia Netto e Selma Reis. No repertório, um medley de canções de Chico Buarque (O Meu Amor, Cala a Boca Bárbara, Valsinha, Sem Açúcar), Stephen Sondheim (Everybody Says Don’t e Broadway Baby) e da dupla John Kander/Fred Ebb (Me and My Baby e Don’t Tell Mamma).
Também neste ano, o musical “O Fantasma do Theatro”, do americano Justin Locke, ganhou uma superprodução com traquinagens fantasmagóricas, suspense e humor na concepção de Charles e Claudio, que lançaram mão de efeitos como fantasminhas espalhados pelo palco e pela platéia, bonecos, personagens voando e cenários desenhados a caneta pilot. Além de ser responsável pela direção, Möeller também cuidou dos figurinos e do cenário. Claudio cuidou da tradução, da adaptação e das versões. O espetáculo foi apresentado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ainda em 2002, a dupla remontou “Suburbano Coração” (foto), musical de Naum Alves de Souza e Chico Buarque. Claudio protagonizou o espetáculo ao lado de Inez Viana, e Charles assinou a direção, o cenário e os figurinos nesta nova versão, bem diferente da primeira montagem, que teve como protagonistas Fernanda Montenegro e Otávio Augusto. A versão de Möeller & Botelho foi mais completa que a original: além das dez músicas da montagem original entraram mais oito de Chico, incluindo algumas inéditas em disco.
2003
Em 2003, Möeller & Botelho traduziram “Magdalena”, primeira montagem brasileira do musical escrito para a Broadway por Heitor Villa-Lobos. A peça estreou em setembro de 1948, teve carreira efêmera e só voltou a ser encenada no VII Festival Amazonas de Ópera, em Manaus. A adaptação foi de Claudio, e a direção, o cenário e o figurino de Charles.
Também em 2003, Charles e Claudio voltaram a trabalhar em cima da obra de Chico Buarque, na remontagem do musical “Ópera do Malandro”, que se tornou um estrondoso sucesso de público e crítica no Rio, São Paulo e em Portugal, onde foi apresentado em duas temporadas. O espetáculo, uma luxuosa produção assinada por Charles (direção, cenários e figurinos) e Claudio (direção musical) trouxe 20 atores em cena, 12 músicos tocando ao vivo, três palcos giratórios montados num cenário de três andares, e 75 figurinos. Ao todo foram apresentadas 20 canções. Além das já consagradas na primeira versão, como “Folhetim” e “Geni e o Zepelim”, foram inseridas músicas compostas para a adaptação cinematográfica feita por Ruy Guerra em 1985, como “Palavra de Mulher” e “Las Muchachas de Copacabana”.
2004
Em 2004, eles apresentaram “Tudo É Jazz!”, versão para “The World Goes Round”, tributo à dupla Fred Ebb/John Kander montado na década de 90 no circuito off-Broadway. A adaptação e a versão brasileira foram feitas por Claudio, e a direção, o cenário e os figurinos assinados por Charles.
Neste mesmo ano, Claudio se apresentou no musical “Lupicínio e Outros Amores”, ao lado de Soraya Ravenle, interpretando canções de Lupicínio Rodrigues, como “Nunca”, “Vingança”, “Nervos de Aço” e “Esses Moços”, e relembrando momentos de suas carreiras com canções da obra de Cole Porter, Dolores Duran e dos musicais “Chicago”, “Company”, “Suburbano Coração” e “Ópera do Malandro”.
Ainda em 2004, Charles e Claudio fizeram uma homenagem ao compositor americano Burt Bacharach na comédia musical “Cristal Bacharach”, que reuniu clássicos como “I Say a Little Prayer”, “Close to You”, “Alfie” e “The Look of Love”, e alcançou grande sucesso de público e crítica.
2005
“Lado a Lado com Sondheim”, primeira montagem na América Latina e em língua portuguesa de “Side by Side by Sondheim”, estreou em agosto de 2005 trazendo uma reunião de importantes canções de Sondheim, como “Send in the Clowns”, “A Boy Like That / I Have a Love”, “Losing My Mind” e “I´m Still Here”, entre outras. A crítica teceu generosos elogios à direção de Charles e à versão de Claudio, além da performance do elenco.
2006
Em 2006, o espetáculo “Ópera do Malandro em Concerto”, uma nova versão do musical “Ópera do Malandro”, encenada no Teatro Carlos Gomes (RJ) em agosto de 2003, teve estreia mundial em Portugal, e foi apresentada no Rio e em Curitiba. A peça seguiu os moldes dos espetáculos “in concert” (em concerto), que acontecem com freqüência no exterior. Tratava-se de uma versão mais compacta. Basicamente foram apresentadas as músicas, entremeadas com pequenos diálogos ou falas, utilizadas apenas interligar os números musicais e situar o espectador na história. Em cena, oito atores/cantores e quatro músicos executaram as 25 canções de “Ópera do Malandro”.
Também em 2006, Charles e Claudio assinam a superprodução “Sweet Charity”. Inspirado no filme de Federico Felllini, “Noites de Cabíria” (1964), Sweet Charity reúne a genialidade do texto de Neil Simon e as coreografias de Bob Fosse. Após 40 anos da sua estreia na Broadway, o mesmo musical marcou o encontro de Claudia Raia com Charles e Claudio, que trabalharam juntos pela primeira vez. O musical teve estreia em São Paulo e foi apresentado também no Rio de Janeiro, em 2007.
2007
O grande sucesso de 2007 dos palcos cariocas foi o musical “Sassaricando” (autoria do jornalista Sérgio Cabral e da historiadora Rosa Maria Araújo) com direção cênica de Claudio e cenografia de Charles Möeller, onde 102 marchinhas de Carnaval compostas entre 1920 e 1970 contam de forma humorada a história e os costumes do país.
Após uma carreira de sucessos, com 14 espetáculos musicais, Charles Möeller e Claudio Botelho abriram as cortinas para seu primeiro espetáculo inteiramente autoral. Com música escrita especialmente por Ed Motta, “7 – O Musical” é um musical inédito e totalmente de ficção, reunindo elementos de conhecidas histórias dos irmãos Grimm, especificamente o drama de Branca de Neve, com uma visão contemporânea em clima noir e adulto. O espetáculo estreou em 1º de setembro de 2007, no Teatro João Caetano (RJ) e foi um dos grandes vencedores do Prêmio Shell de 2007, levando três dos seis prêmios a que concorria: direção (Charles Möeller), figurino (Rita Murtinho) e iluminação (Paulo Cesar Medeiros).
2008
No final de 2007, Charles e Claudio foram convidados pelo SESC-RJ para apresentarem um musical de verão. Em um mês (tempo recorde), eles montaram o espetáculo “Beatles num Céu de Diamantes”, que estreou em 10 de janeiro no Teatro de Arena do Espaço Sesc. Com um elenco de 11 atores-cantores — a maioria oriunda de “7 — O musical”, acompanhados por piano, violoncelo e percussão, a peça faz um passeio pela obra do quarteto de Liverpool. Sucessos como “Lucy in the Sky with Diamonds”, “Yesterday”, “Hey Jude”, “Let it Be” e “Strawberry Fields Forever”, além de canções menos conhecidas, compõem o repertório do espetáculo, que apresenta poucos recursos cênicos, como guarda-chuvas, malas, giz, bolhas de sabão, papel picado e cadeiras. “Beatles num Céu de Diamantes” arrastou multidões ao Espaço SESC e tornou-se o sucesso do verão de 2008. O espetáculo foi apresentado também no Festival de Teatro de Curitiba 2008, nos dias 21 e 22 de março, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão). Em 04/04, “Beatles” reestreou no Teatro Leblon, para nova temporada de sucesso.
Em maio de 2008, Charles e Claudio estreiaram sua versão para o clássico “A Noviça Rebelde”, de Rodgers e Hammerstein, com Kiara Sasso no papel principal. O musical reinaugurou o Teatro Casa Grande, no Rio, e em pouco tempo se torna fenômeno de bilheteria. O texto da montagem original da Broadway de 1959 foi encenado praticamente na íntegra, assim como todos os números musicais foram incluídos, mesmo aqueles que não entraram no filme de 1965. “A Noviça Rebelde” recebeu quatro indicações para o Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro: melhor Ator (Fernando Eiras), cenário (Rogério Falcão), figurino (Rita Murtinho) e categoria especial, pela produção de Aniela Jordan, Beatriz Secchin Braga e Monica Athayde Lopes.
Em outubro de 2008, “7 – O Musical” reestreou no Teatro Carlos Gomes (RJ), com a base do elenco original e novos nomes. Na ocasião da reestreia de “7”, Charles & Claudio contabilizam três musicais em cartaz simultaneamente no Rio: “Beatles”, “Noviça” e “7”.
Neste mesmo mês de outubro, a segunda edição do Prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio) consagrou “7 – O Musical”. O espetáculo ganhou cinco dos sete prêmios a que concorria: Autor (Charles Möeller), Diretor (Charles Möeller e Claudio Botelho), Figurino (Rita Murtinho), Iluminação (Paulo César Medeiros) e Categoria Especial (Charles Möeller e Claudio Botelho, pela atividade contínua das diferentes modalidades do teatro musical).
Em novembro, dois espetáculos de Charles Möeller & Claudio Botelho foram agraciados com o Prêmio Contigo! de Teatro. “Beatles num Céu de Diamantes” ganhou o Prêmio de Melhor Espetáculo Musical Nacional (Júri Oficial). Já “A Noviça Rebelde” ganhou o prêmio de Melhor Espetáculo Musical em Versão Brasileira (Júri Oficial). Também neste mês, a Revista Veja Rio promoveu uma festa para celebrar os melhores de 2008 em diversas categorias – o Prêmio Cariocas do Ano. Charles e Claudio foram premiados como os diretores teatrais de 2008.
Em 13 de Novembro, “Gloriosa, A Vida de Florence Foster”, espetáculo dirigido por Charles Möeller & Claudio Botelho, e protagonizado por Marília Pêra, estréia no Teatro Abel, em Niterói. A peça, baseada na história de Florence Foster Jenkins, milionária excêntrica que não conseguia acertar uma única nota musical, foi escrita por Peter Quilter e se tornou um grande sucesso. Tendo gravado apenas dois discos, Florence fez uma apresentação histórica em 1944, no Carnegie Hall, em Nova York, atraindo mais de duas mil pessoas. Na montagem brasileira, além de Marília, estão também no elenco Eduardo Galvão (interpretando Cosme McMoon, o pianista que acompanhou a carreira da diva) e Guida Viana, que se reveza em três papéis: a empregada mexicana, a melhor amiga e uma professora de canto inconformada com a voz de Florence. O espetáculo faz turnê pelo Brasil antes de estrear no Rio (em janeiro de 2009), onde inaugurou o Teatro do Fashion Mall.
2009
Em janeiro, Marília Pêra estreia Gloriosa no Rio, inaugurando o Teatro do Fashion Mall. Marília vive Florence Foster Jenkins, uma cantora que nunca acertou uma só nota musical em toda sua carreira. A montagem brasileira da peça de Peter Quilter , que estreou em 2005 na Inglaterra, tem direção de Charles Möeller e Claudio Botelho.
Em março de 2009, Charles & Claudio estreiam no Rio, no Teatro Clara Nunes, sua versão para o musical Avenida Q, um sucesso da Broadway vencedor de três Tony´s e criado por Robert Lopez, Jeff Marx e Jeff Whitty. Oito atores dividem o palco com 16 bonecos, vindos diretamente dos Estados Unidos. O espetáculo chama a atenção por seu formato inusitado, ao mesclar personagens humanos com bonecos, manipulados por atores em cena. Politicamente incorreto, Avenida Q fala de tabus como racismo, homossexualidade e pornografia com muito humor e ironia.
Também em março de 2009, A Noviça Rebelde e Beatles num Céu de Diamantes estreiam temporada em São Paulo, respectivamente nos Teatros Alfa e Das Artes.
Ainda em março, Charles Möeller e Claudio Botelho ganham o prêmio Shell de Teatro na Categorial Especial (relativo a 2008), pela expressiva contribuição ao gênero musical no cenário carioca. Já o Prêmio Shell de Música foi para Delia Fischer e Jules Vandystadt, pelos arranjos (vocal e instrumental) de Beatles num Céu de Diamantes.
Em abril é a vez de 7 – O Musical ser visto pelo público paulista. Já Gloriosa estreia sua temporada paulista em 5 de junho, no Teatro Procópio Ferreira. E depois da temporada de cinco meses no Rio de Janeiro com grande sucesso de público e crítica, Avenida Q estreia em São Paulo, em agosto, cumprindo temporada de quatro meses em cartaz.
Em 21 de agosto estreia, no Teatro Villa-Lobos (RJ), O Despertar da Primavera, baseado na obra do alemão Frank Wedekind, escrito em 1891. O espetáculo dirigido por Charles Möeller e Claudio Botelho, e produzido pela Aventura Entretenimento, é baseado na recente versão da Broadway, um eletrizante musical de 2006, vencedor de oito prêmios Tony, o mais importante do teatro americano. Das centenas de candidatos inscritos, cerca de 500 passaram na primeira seleção. Após as audições saíram os dezenove aprovados. O elenco reúne atores do Rio, de São Paulo, Campinas, Brasília e Porto Alegre. O musical fala do universo de um grupo de adolescentes que vivenciam situações de iniciação sexual, incesto e opressão, em cenas fortes de masturbação, homossexualismo, aborto e suicídio.
Em setembro, Möeller & Botelho são convidados por Dennis Carvalho para dirigir os números musicais da minissérie Dalva & Herivelto, da TV Globo. É a primeira incursão dos diretores na TV (anteriormente Charles havia trabalhado como ator, mas nunca como diretor).
Após o sucesso no Rio e São Paulo, Beatles num Céu de Diamantes, faz seis apresentações entre 30 de setembro e 4 de outubro na Maison de la Danse, em Lyon. O espetáculo lá é chamado de “In The Sky with Diamonds”. Um produtor cultural francês assistiu “Beatles” no Rio e saiu encantado. Assim nasceu o convite para as apresentações em Lyon, cidade célebre por seu festival de Teatro e Música. As apresentações são um sucesso.
Em novembro de 2009, O Despertar da Primavera, dirigido por Charles Möeller & Claudio Botelho ganha dois prêmios Qualidade Brasil: Melhor Musical e Melhor Direção. O “Despertar” é escolhido o melhor Melhor Espetáculo Teatral Musical. Já Möeller & Botelho ganham o prêmio de Melhor Direção Teatral Musical. O prêmio de Melhor Atriz Teatral Musical vai para Marília Pêra, por Gloriosa. Ao todo, os espetáculos de Möeller & Botelho concorreram a 13 prêmios.
Em dezembro, o Jornal O Globo divulga a relação das melhores peças de 2009. Entre os citados (escolhidos pela crítica Barbara Heliodora) estão dois espetáculos dirigidos por Charles Möeller & Claudio Botelho: Gloriosa e O Despertar da Primavera.
Também em dezembro, a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) divulga os vencedores da área teatral de 2009. O júri, formado por críticos de São Paulo, concedeu o GRANDE PRÊMIO DA CRÍTICA para Charles Möeller e Claudio Botelho pela contribuição ao Teatro Musical Brasileiro.
Já o 3º Prêmio Contigo! de Teatro agraciou Avenida Q como o melhor espetáculo musical em versão brasileira.
Ainda em dezembro, o Jornal O Globo divulga a relação dos indicados ao Prêmio Faz Diferença. Os diretores Charles Möeller & Claudio Botelho são indicados na categoria Teatro. É a segunda vez consecutiva que Möeller & Botelho são finalistas do Prêmio oferecido pelo Jornal O Globo, que escolhe as pessoas e instituições que mais se destacaram no ano.
2010
No dia 4 de janeiro estreia, na TV Globo, a microsérie ‘Dalva & Herivelto – Uma Canção de Amor’, cujos números musicais foram dirigidos por Möeller & Botelho, representando o primeiro trabalho de direção da dupla na TV.
No dia 12/01, celebrando os 20 anos de parceria artística de Charles Möeller & Claudio Botelho, estreia, no Espaço SESC, no Rio, o espetáculo ‘Versão Brasileira’. No show, Claudio, acompanhado pelos músicos Edgar Duvivier (sax e clarinete), Marcelo Castro (piano) e Thiago Trajano (violão, guitarra e banjo), faz um panorama da bem-sucedida trajetória da dupla. Claudio apresenta algumas canções no original, e outras em português, já que são suas as versões dos principais musicais encenados no Brasil nos últimos 10 anos.
Após a estreia de ‘Versão Brasileira’ é lançado, no espaço multiuso do SESC, o livro “Charles Möeller & Claudio Botelho – Os Reis dos Musicais”, escrito por Tânia Carvalho para a Série Aplauso, da Imprensa Oficial de São Paulo. O livro é em homenagem ao trabalho realizado pelos dois diretores ao longo dos últimos 20 anos e de sua importância para a história do teatro musical brasileiro. O lançamento é prestigiado por dezenas de artistas de musicais, além de amigos, celebridades e membros da equipe e colaboradores de Möeller & Botelho.
No dia 31/01, chega ao fim a temporada carioca de “O Despertar da Primavera”, espetáculo que atraiu um grande número de público, especialmente o jovem, que adotou o musical dirigido por Möeller & Botelho.
No dia 7/2, após quatro semanas de casa cheia e excelentes críticas, o espetáculo solo de Claudio Botelho “Versão Brasileira”, comemorativo aos 20 anos de parceria artística da dupla Möeller & Botelho, teve sua temporada encerrada.
Em 23/02, têm início os ensaios de ‘Gypsy’, sucesso na Broadway há mais de 50 anos e considerado o maior dos musicais, com uma perfeita integração de drama (texto de Arthur Laurents), canto (música de Jule Styne e letras de Stephen Sondheim) e dança (coreografia de Jerome Robbins). A versão de Möeller & Botelho tem produção da Aventura Entretenimento e é estrelada por Totia Meireles, Adriana Garambone e Eduardo Galvão. A montagem conta com 43 atores em cena, 140 figurinos, 17 cenários e 21 mudanças, tudo ao som de uma orquestra de 17 músicos.
O musical ‘Beatles num Céu de Diamantes’ reestreia no Rio, em 4 de março, com novos integrantes no elenco. O espetáculo faz temporada no Espaço Rio Sul de Cultura e Entretenimento até 9 de abril.
Depois do sucesso no Rio de Janeiro, “O Despertar da Primavera”, com direção de Charles Möeller & Claudio Botelho, e produção da Aventura Entretenimento e da Divina Comédia, estreia em 12/03, em São Paulo, no Teatro Sérgio Cardoso.
Nos dias 21 e 22 de março, Claudio Botelho apresenta o show ‘Versão Brasileira’ no Festival de Curitiba (no Guairinha). O livro “Os Reis dos Musicais” também é lançado em Curitiba.
Em 23 de abril, ‘Gypsy’ estreia no Rio, no Teatro Villa-Lobos, cumprindo temporada até 27 de junho, com sucesso de público (casa lotada do primeiro ao último dia) e de crítica.
Em maio, ‘O Despertar da Primavera’ ganha três prêmios da APTR (Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro): Paulo César Medeiros pela Iluminação, Rogério Falcão pelo cenário (ao lado de Bia Junqueira, por Na Solidão dos Campos de Algodão) e Rodrigo Pandolfo, como ator coadjuvante.
Atendendo a inúmeros pedidos do público, que chegou a fazer campanhas na Internet, ‘O Despertar da Primavera’ reestreia em São Paulo, em 10/07, desta vez no Teatro do Shopping Frei Caneca.
Em julho, no dia 22, ‘Gypsy’ estreia em São Paulo, no Teatro Alfa, com elenco infantil inteiramente renovado e algumas modificações no elenco adulto.
Em agosto, no dia 21, estreia, no Teatro Oi Casagrande (RJ), ‘É com esse que eu vou’, concebido pela mesma dupla do bem-sucedido ‘Sassaricando’: Sérgio Cabral e Rosa Maria Araújo, dirigido por Charles Möeller & Claudio Botelho, e produzido pela Aventura Entretenimento em parceria com a Tema Eventos Culturais. O musical faz um passeio por inesquecíveis sambas de carnaval compostos entre as décadas de 1920 e 1970, exaltando a obra de compositores como Ary Barroso, Ataulfo Alves, Herivelto Martins, Noel Rosa, Wilson Batista e Zé Keti, entre outros ‘bambas’.
No dia 5 de novembro estreia, também no Teatro Oi Casa Grande, no Rio, a versão de Möeller & Botelho para o musical ‘Hair’, escrito em 1967 por Gerome Ragni e James Rado e com música de Galt MacDermot. O musical se tornou um fenômeno e marcou época, tanto no exterior como em uma lendária versão nacional que impulsionou a carreira de artistas como a então estreante Sonia Braga. Para as audições de Möeller & Botelho se inscreveram cinco mil candidatos de olho em uma das 30 vagas. Definido pelos diretores como “lisérgico, caleidoscópico e frenético”, o “Hair” apresentado no Rio foi baseado na versão da Broadway de 2010, dirigida por Diane Paulus (o espetáculo ganhou o Tony Award de Melhor Revival de um Musical). A montagem de M&B foi protagonizada por Hugo Bonemer (Claude), Igor Rickli (Berger), Carol Puntel (Sheila), Letícia Colin (Jeanie), Marcel Octávio (Woof), Reynaldo Machado (Hud), Tatih Köhler (Crissy) e Karin Hyls (Dionne). A tribo foi formada por atores, cantores e bailarinos do Rio e São Paulo. O espetáculo alcançou grande sucesso, sendo visto por 102.700 espectadores.
2011
Em 20 de maio estreia, no Teatro Oi Casa Grande, no Rio, o musical ‘Um Violinista no Telhado’ (Fiddler on the Roof). Baseado nos tradicionais contos judaicos de Sholom Aleichem, ‘Um Violinista no Telhado’ estreou na Broadway em 1964, com música de Jerry Bock e Sheldon Harnick e uma celebrada coreografia de Jerome Robbins. Tornou-se imediatamente um clássico, sendo o primeiro musical da história do teatro americano a ficar em cartaz por mais de sete anos. No Brasil, fruto de uma parceria entre a Aventura Entretenimento e a Conteúdo Teatral, a superprodução reuniu elenco de 43 atores (de 6 a 78 anos) liderados por José Mayer, que fez sua estreia em uma superprodução de teatro musical. O elenco contou também comn Soraya Ravenle, Ada Chaseliov, Dudu Sandroni, Malu Rodrigues, André Loddi, Julia Bernat, Nicola Lama, Rachel Rennhack, Marya Bravo, Cirilo Luna, Kelzy Ecard, Cristiana Pompeo, entre outros. O apuro da produção foi revelado desde a manutenção das orquestrações originais de Don Walker (adaptadas para 15 instrumentos) à fidelidade absoluta à coreografia de Jerome Robbins. A produção – com 160 figurinos e 13 cenários – foi a mais cara de Möeller & Botelho até então. Tamanho investimento gerou muitos frutos. O ator José Mayer, por sua interpretação de Tevye, foi agraciado com a Medalha Albert Sabin, honra nunca oferecida a um ator antes, na Semana Judaico-Brasileira. Mayer também ganhou o Prêmio Contigo de Teatro de Melhor Ator pelo Júri Popular por sua atuação em ‘Um Violinista no Telhado’. O espetáculo ganhou também o Prêmio Contigo de Melhor Musical em Versão Brasileira. Só no Rio o espetáculo foi visto por 85.000 espectadores.
Em novembro estreou, no Teatro do Fashion Mall, no Rio, o espetáculo ‘Judy Garland – O Fim do Arco-Íris’, do inglês Peter Quilter (o mesmo de ‘Gloriosa’), com versão de Claudio Botelho. O musical reconstitui a última turnê da atriz e cantora Judy Garland, seis meses antes de sua morte por overdose, aos 47 anos. Entre o quarto de hotel e o palco de uma boate em Londres, o cenário projetado por Rogério Falcão abriga momentos de bom humor, fragilidades, crises de abstinência, brigas e surtos da diva, em uma interpretação irretocável de Claudia Netto. Ela dividiu o palco com apenas dois atores: Igor Rickli (o Berger de Hair), na pele de Mickey Deans, o último marido de Judy Garland, e Gracindo Junior, como Anthony, um personagem fictício, pianista da artista e seu mais íntimo amigo. Completam a formação seis instrumentistas, que acompanham Claudia em emocionantes temas entoados em inglês, como ‘How Insensitive’ (versão para Insensatez, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes), ‘For Once in My Life’ e a clássica ‘Over the Rainbow’. A estreia contou com a presença do próprio autor da peça, que ficou encantado com a versão de Möeller & Botelho. O espetáculo recebeu diversas indicações a prêmios, como o Shell (Claudia Netto e Gracindo Junior), Qualidade Brasil (Espetáculo, Atriz, Ator e Direção) e o APTR (Atriz, Ator Coadjuvante).
No fim do ano, o Jornal O Globo publicou a relação dos melhores espetáculos teatrais de 2011. Entre as 10 melhores peças do ano constaram duas dirigidas pela dupla Möeller & Botelho: ‘Um Violinista no Telhado’ e ‘Judy Garland – O Fim do Arco-Íris’.
2012
Em janeiro estreou a prorrogação de ‘Beatles num Céu de Diamantes’, com uma nova formação: Kacau Gomes e Raul Veiga (do elenco original) e Malu Rodrigues, André Loddi e Analu Pimenta (estreando no espetáculo) ao lado de Jules Vandystadt, Alessandra Verney, Chris Penna, Rodrigo Cirne e Pedro Sol Blanco.
Também em janeiro, após ser visto por mais de cem mil pessoas no Rio, o musical “Hair” estreou em São Paulo, no Teatro do Shopping Frei Caneca. Ao todo, o elenco de 30 atores de Hair chegou a São Paulo com 16 nomes novos. Entre elas, a do sucessor de Igor Rickli como Berger, Fernando Rocha; e Kiara Sasso (como Jeanie), Juliana Peppi (Dionne), Estrela Blanco (Crissy) e Davi Guilhermme (Margaret Mead), entre outros.
Em fevereiro, o ator Francisco Cuoco fez sua estreia como o pianista Anthony no espetáculo ‘Judy Garland – O Fim do Arco-Íris’, substituindo Gracindo Junior.
Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, onde foi assistido por 85 mil pessoas, o musical ‘Um Violinista no Telhado’ (Fiddler on the Roof) estreou em São Paulo, no Teatro Alfa, no dia 16 de março. O elenco manteve José Mayer, Soraya Ravenle, Ada Chaseliov, Rachel Rennhack, André Loddi, Ricca Barros e trouxe algumas substituições, tais como Alessandra Verney, Ivana Domenico, Julia Fajardo, Germano Pereira, Sylvio Zilber, Silvio Boraks, Luiz Carlos de Moraes, Karina Mathias, entre outros.
Em março de 2012, o regente e diretor musical Marcelo Castro ganhou o Prêmio Shell por seu trabalho em ‘Um Violinista no Telhado’.