Categoria Segundo Caderno/Teatro: CHARLES MÖELLER E CLAUDIO BOTELHO
— Concorremos por três vezes a esse prêmio (Faz Diferença), mas esta é a primeira vez em que ganhamos, o que me deixa muito feliz — diz Möeller.
— Em todas as últimas edições nós perdemos, mas perdemos felizes, porque os vencedores eram grandes nomes do teatro — diz Botelho, referindo-se a Sérgio Britto, vencedor em 2008, e Fernanda Montenegro, em 2009.
Os dois ressaltaram que, além das novas montagens, 2015 foi um ano especial por terem conseguido manter cinco espetáculos em cartaz. Além de “Nine” e “Kiss me, Kate”, eles apresentaram “Os saltimbacos Trapalhões”, “Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos” e a 12ª temporada de “Beatles num céu de diamantes”.
— Realizar isso num ano de crise como esse foi, realmente, uma vitória. Não imaginávamos que seria possível — diz Möeller.
Botelho conta que a dupla passou por uma verdadeira revisão de métodos de produção para se adaptar à queda nas verbas dos patrocinadores.
— Foi um ano difícil, mas recompensador. Pensamos: “Vamos fazer do jeito que dá, ou não fazemos”. Os patrocínios diminuíram, mas não deixamos de fazer. Criamos um grande espetáculo (“Kiss me, Kate”), que lotou um teatro de mais de mil lugares, e um de médio porte (“Nine”), que atraiu ótimo público.
Em 2016, eles estreiam “Se meu apartamento falasse”, “Pippin” e o autoral “Verônica ou 13”.
Fonte: O Globo: 23/01/2016.
Foto: Ana Branco.
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