Um Dia de Sol em Shangrilá (2001)

Em 2001, a dupla Möeler & Botelho foi convidada pelo então secretário de Cultura do município do Rio de Janeiro, Arthur da Távola, para administrar o Teatro Café Pequeno, no Leblon. Os diretores criaram um espetáculo sob medida para aquele espaço: “Um Dia de Sol em Shangrilá”, comédia musical estrelada pelas atrizes-cantoras Lucinha Lins, Claudia […]

Em 2001, a dupla Möeler & Botelho foi convidada pelo então secretário de Cultura do município do Rio de Janeiro, Arthur da Távola, para administrar o Teatro Café Pequeno, no Leblon.

Os diretores criaram um espetáculo sob medida para aquele espaço: “Um Dia de Sol em Shangrilá”, comédia musical estrelada pelas atrizes-cantoras Lucinha Lins, Claudia Netto e Selma Reis.

No repertório, um medley de canções de Chico Buarque (“O Meu Amor”, “Cala a Boca Bárbara”, “Valsinha”, “Sem Açúcar”), Stephen Sondheim (“Everybody Says Don’t” e “Broadway Baby”) e da dupla John Kander/Fred Ebb (“Me and My Baby” e “Don’t Tell Mamma”).

A peça focava o cotidiano de mulheres que criaram os filhos sozinhas, aprenderam que a empregada pode ser mais importante que um marido e lutavam contra a balança.

O nome do espetáculo vem do desejo das atrizes-personagens de viver momentos tranqüilos e gloriosos como só é possível na cidade fictícia de Shangrilá“, explicou Claudio Botelho.

Era um espetáculo divertido, sobre as crises das atrizes depois dos 40, que não sabem o que fazer da vida, não são mais garotas, não fazem mais televisão, mas ainda não fazem os papéis das avós. Era uma comédia superleve, bonitinha, com uma coletânea de músicas, um drops dulcora dos grandes compositores. Foi um bom começo para o Café Pequeno. Não era nada ambicioso, estreou fazendo um sucesso enorme, de crítica e de público, e pôs o teatro de novo na rota de sucessos da cidade. Era nossa estreia como diretores artísticos de um teatro público, e ao que parece foi com o pé direito”, disse o diretor Charles Möeller.

Foi uma volta às origens, depois das superproduções. Montamos um espetáculo intimista, com três atrizes-cantoras de personalidades e vozes bem diversas“, complementa Botelho, que assinou a direção musical e as versões das músicas, enquanto Möeller respondeu pelo texto e a direção geral.

Não usamos suas experiências pessoais, embora muito do que as três viveram esteja em cena. Criamos histórias para encadear músicas feitas por homens, para serem cantadas por mulheres em musicais onde elas são protagonistas ou quase“, explica Charles.

Ficha Técnica

Autor
Charles Möeller

Direção
Charles Möeller

Direção Musical
Claudio Botelho

Arranjos
Liliane Secco

Figurino
Cláudio Tovar

Design de Luz
Paulo César Medeiros

Elenco
Claudia Netto
Lucinha Lins
Selma Reis

Estreia: 18/10/2001 – Teatro Café-Pequeno (RJ)

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