Company (2001)

  Com um elevado grau de sofisticação, Claudio Botelho e Charles Möeller assinaram, em 2000, a montagem de ‘Company‘, de Stephen Sondheim e George Furth, sendo esta a primeira encenação de uma obra de Sondheim na língua portuguesa. Ao todo, um elenco de 14 atores e orquestra de 13 músicos, regidos por André Góes, participaram […]

 

Com um elevado grau de sofisticação, Claudio Botelho e Charles Möeller assinaram, em 2000, a montagem de ‘Company‘, de Stephen Sondheim e George Furth, sendo esta a primeira encenação de uma obra de Sondheim na língua portuguesa.

Ao todo, um elenco de 14 atores e orquestra de 13 músicos, regidos por André Góes, participaram dessa versão do revolucionário musical de Sondheim.

Todas as canções foram traduzidas para o português por Claudio, que já havia trabalhado com letras do autor, quando fez, em 1995, o espetáculo “Sondheim Tonight”, ao lado de Claudia Netto.

Em ‘Company’, Claudio fez adaptações para a época contemporânea, já que o texto foi escrito nos anos 70. Os direitos da peça foram cedidos sem restrições com relação à criação do espetáculo, permanecendo garantidas a íntegra das canções e dos arranjos originais.

O próprio Claudio viveu o protagonista, Bobby, que completa 35 anos e repassa toda sua vida, tendo como referência seus amigos, vividos por Claudia Netto, Totia Meireles, Daniel Boaventura, Regina Restelli, Solange Badim, Ricca Barros, Cidália Castro, Mauro Gorini, Raul Serrador, Paulo Mello, e as namoradas, vividas por Sabrina Korgut, Doriana Mendes e Patrícia Levy.

Sondheim e George Furth vêm ao Brasil para assistir a montagem de Company

Na ocasião da montagem de Company no Brasil, os editores da Sondheim Review, publicação norte-americana especializada na obra do próprio, se admiraram ao saber de uma versão brasileira do espetáculo e vieram ao Rio conferir a versão, fazendo matéria de quatro páginas e dando uma crítica absolutamente favorável ao musical.

‘Company’ se tornou sucesso de crítica e público e foi assistido pelos próprios Sondheim e Furth, que estiveram no Brasil especialmente para conferir a montagem brasileira.

Sondheim foi aos bastidores falar com o elenco e ficou alguns minutos com o Claudio, que devem ter sido os mais preciosos da vida dele (do Claudio, claro). Suas palavras eram um misto de elogios e de surpresa por encontrar um elenco tão preparado no Brasil, país que não tem (ou não tinha) nenhuma inscrição no mapa de produção de musicais pelo mundo“, revelou Charles Möeller no livro “Os Reis dos Musicais”.

“Orgulho do nível profissional do teatro brasileiro”

Segundo o diretor Charles Möeller, a montagem brasileira foi caracterizada por “humor e leveza”, em contraponto à versão original americana (dirigida por Harold Prince), que canalizava tudo para a discussão da vida a dois, e à inglesa (por Sam Mendes, em 96), cuja densidade ressaltava a solidão nos grandes centros urbanos. “A gente queria falar de amigos que se amam e não podem viver separados, independentes da instituição do casamento“, afirmou Möeller em uma entrevista.

A crítica Barbara Heliodora, do jornal O Globo, teceu diversos elogios à montagem, afirmando que se tratava de um “espetáculo delicioso que deixa todos orgulhosos pelo nível profissional do teatro brasileiro“.

‘Company’ ficou cinco meses em cartaz no Rio de Janeiro e fez bastante sucesso. O mesmo não aconteceu em São Paulo, onde o espetáculo estreou no Teatro Alfa Real, no mesmo dia em que estreava na cidade o maior blockbuster dos musicais: “Les Miserables”. Charles conta: “Não deu certo. Ficou um mês, com menos de meia casa. ‘Company’ voltou então para mais um mês de novas lotações no próprio Villa-Lobos“.

A montagem de “Company” de Möeller & Botelho foi gravada em estúdio e o CD chegou a ser vendido em lojas especializadas de Nova York e Londres.

Ficha Técnica

Músicas e Letras
Stephen Sondheim

Texto
George Furth

Orquestrações
Jonathan Tunick

Versão Brasileira
Claudio Botelho

Direção
Charles Möeller

Direção Musical e Regência
André Góes

Coreografia
Renato Vieira

Cenário
Charles Möeller

Figurino
Augustus

Design de Luz
Paulo Cesar Medeiros

Design de Som
Jackson Marques
J. D’Angelo

Visagismo
Beto Carramanhos

Assistentes de Direção
Tina Salles
Cris Fraga

Assistente de Cenografia
Cristiane Oswald Luz

Cenotécnico
Luiz Antônio Camarão

Adereços
Vanessa Castro

Assistente de Figurino
Helena Salvador

Efeitos Sonoros
Nino Carlo

Pianista Ensaiadora
Zaida Valentim

Apoio Vocal ao Elenco
Alessandra Verney

Preparação de Jiu-Jitsu
José Henrique Leão Teixeira

Programação Visual
Charles Möeller
Gualter Costa Ramos

Produção
Cláudio Magnavita

Produtor Associado
Jorge Takla

Elenco (por ordem de entrada)
Claudio Botelho (Robert)
Solange Badim (Sarah)
Daniel Boaventura (Harry)
Cidália Castro (Susan)
Ricca Barros (Peter)
Regina Restelli (Jenny)
Mauro Gorini (David)
Claudia Netto (Amy)
Raul Serrador (Paul)
Totia Meireles (Joanne)
Paulo Mello (Larry)
Sabrina Korgut (Marta)
Patricia Levy (Suzy)
Doriana Mendes (Kathy)

Rita Renha (Atriz Substituta)

Músicos
Marcos dos Passos (Sax-Alto/Sax-Soprano/Clarineta/Requinta)
Sávio Novaes (Sax-Tenor/ Sax-Soprano/Clarineta/Requinta)
Batista Júnior (Sax-Barítono/Clarineta/Clarone)
Vinícius Lugon (Trompete)
João Luiz Areias (Trombone)
Carlos Mendes (1° Violino)
Angélica Alves (2° Violino)
Ricardo Völker Taboada (Viola)
Fabio Presgrave (Violoncelo)
Zaida Valentim (Piano/Teclado)
Alexandre Brasil (Contrabaixo)
Marcio Romano (Bateria)

Estreia: 09/02/2001 – Teatro Villa-Lobos (RJ)

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